A HISTÓRIA DO VOVÔ RAIMUNDO E O COELHO GASPAR





ANTONIO NESTOR GOMES VALVERDE — PROJETO HORTA




Eu sou o Vovô Raimundo, moro na fazenda gosto de trabalhar. Trabalho o dia inteiro, a noite vou descansar.
Todos os dias o Vovô Raimundo levantava bem cedo, com o cantar do galo. Pegava as ferramentas, enxada, rastelo, sacho e ia para sua horta que era muito grande. Tudo era orgânico. Não usava veneno em nada.
La na horta. Revolvia a terra, arrumava os canteiros, tirava os matinhos, tirava as lagartas. Depois de todo cuidados então  ia aguava tudo com muito carinho, cuidado e amor. Era comum ouvir o Vovô conversando e cantando para as plantas. 0 Vovô Raimundo divertia fazendo o seu serviço.
Na horta do Vovô Raimundo, tinha muitas verduras, podemos citar algumas como. Folhas: alface, acelga, couve, repolho, rúcula, mostarda, almeirão, brócolis e muitas outras. Temperos como: coentro, salsa, manjericão, cebola, cebolinha, alho e mais um punhado. Alguns  frutos como: morango, pimentas, de cheiro, malagueta, bode passarinho, acerola, caju, manga, jabuticaba, banana.  Berinjela, jiló, Só  fruto gostoso, uai. Também raízes como: Cenoura, beterraba, nabo, rabanete, mandioca, e mais um tantão de coisa gostosa. Todo dia quando ia trabalha e quando voltava o Vovô cantava....
Eis que um dia. O Vovô chegou na horta e viu o canteiro todo revirado, cenouras arrancadas, jogadas por todo lado.
_ Uai, o que será isso meu São Benedito. Tem... bicho mexendo na minha horta. Ah.  tem. E eu vou descobrir e pegar.
Ai então, ouviu um barulho no mato. Olhou, olhou, olhou de novo. Foi chegando de passinho. E viu. La na beira da coivara um coelho enorme carregando nas costas um punhado de cenouras. Ia feliz cantando. Sou o Coelho Gaspar. Sou o Coelho Gaspar. Moro na samambaia. Não vou trabalhar. Toda noite virei na horta do Vovô Raimundo. Cenouras, vou pegar. Cenouras vou pegar.
E assim aconteceu. Noites após noites. Dias após dias. 0 coelho ia à horta pegava cenouras e destruía outro montão.
Nervoso, zangado, com raiva do coelho que estava destruindo sua plantação. Vovô Raimundo  teve uma idéia.         
já sei, vou pegar esse coelho ladrão. Farei uma armadilha. Vou repara uma cesta com muitas cenouras e muita cola. Ai quando o coelho ladrão pegar as cenouras ficará grudado. Então eu darei nele uma lição.

E assim foi feito. Comprou um bonito cesto. Encheu de suculentas cenouras. E muita cola colorida e bem grudenta.

A noite quando o coelho chegou. Tudo estava tão silencioso. 0 vento estava macio. Somente uma brisa. Nenhum  barulho. De repente.
0 que é aquilo. Já sei, um presente que foi esquecido. Oba vou levar para eu comer.....
Pulou em cima do cesto de cenoura e viu que estava preso. Lutou, lutou. Até cansar. Não teve jeito ficou grudado na armadilha do Vovô Raimundo.
No outro dia bem Cedinho Iá vem o vovõ Raimundo. Cantando.....
Foi direto no cesto. Lé estava o Coelho Gaspar. Todo sujo de tinta e cola. Então o Vovô Raimundo pegou o coelho e levou para casa. Lavou, lavou, passou sabão, lavou de novo. Colocou o coelho colo e disse:
Coelho Gaspar meu amigo. Você não precisa pegar minhas cenouras, escondido. Pois isto não se faz. Venha morar comigo e todos os dias vamos juntos a horta. Para trabalhar, comer e divertir.
O coelho ficou tão agradecido. Deu um grande sorriso. Ficou ainda mais dentuço. Abriu os braços e abraçou o vovô. Ficaram amigos e todos os dias estavam juntos na horta e cantavam.
Somos amigos. Uma família. Vivemos felizes. Olá, olé, olé.








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