Cardápio monitorado por nutricionistas, formação de manipuladores de alimentos e segurança no trabalho são apenas alguns dos itens que comprovam que alimentação é coisa séria nesta gestão!
Publicado: Quinta, 25 de Abril de 2019
Merendeiras certificadas, cardápio montado por nutricionistas, projetos pedagógicos e cursos de formação para manipuladores de alimentos. Parece muito, mas estas são apenas algumas das práticas que comprovam a real preocupação da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) com a merenda servida nas unidades de ensino da rede. Com isso, nossas escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) mostram tirar de letra a tarefa de proporcionar alimentação saudável aos educandos!
Atualmente, a Rede Municipal de Educação (RME) conta com 359 unidades, entre escolas, Cmei, conveniadas e Centros Municipais de Apoio à Inclusão (Cmai). Nelas, os cuidados com a alimentação começam na elaboração dos cardápios por nutricionistas da Gerência do Programa de Alimentação Escolar (Gerpae). A rotina alimentar aplicada segue recomendações e determinações do Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar (Fnde) e do Ministério da Saúde. Isso significa a inclusão de todos os grupos alimentares adequados a cada faixa etária.
Os cardápios encaminhados às instituições levam consigo uma série de recomendações sobre os itens incluídos, substituições, além da observação quanto a possíveis alergias alimentares. Também constam informações nutricionais, quadros para serviço de refeições semanais, além da introdução da alimentação complementar para crianças acima dos seis meses em Cmeis. Quem cuida de tudo isso no dia a dia? As merendeiras lotadas em cada unidade, é claro! E, falando nelas, a SME faz questão de valorizar o trabalho de quem prepara as refeições diárias com tanto zelo e carinho!
Fernanda Ferreira Gomes, gerente do Programa de Alimentação Escolar (Gerpae), aponta que nossas merendeiras são sempre homenageadas, tanto pelos gestores, quanto por quem conhece de pertinho o fruto de sua dedicação: as crianças! Segundo ela, "durante as oficinas do Projeto Horta Escolar (que já vamos conhecer), os alunos param as atividades parar conceder um certificado de excelência além, é claro, de um grande abraço das turmas". Recentemente, inclusive, as merendeiras do Cmei Oriente Ville foram surpreendidas com certificação pelas mãos do prefeito, Iris Rezende, e secretário municipal de educação, Marcelo Costa, durante a entrega de salas modulares na unidade.
A SME também promove formações anuais dos profissionais envolvidos na produção das refeições escolares. Fernanda frisa que a prática "respeita o estabelecido no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) de servir alimentos saudáveis, com qualidade nutricional e sanitária". Os cursos para manipulares de alimentos incluem profissionais multidisciplinares para desenvolver as habilidades básicas do servidor rumo à execução de suas atividades seguindo o programa. A partir daí, conseguem decidir sobre as ações apropriadas para promover a própria saúde e da comunidade escolar.
Projetos pedagógicos
O cultivo de hortas escolares representa um valioso instrumento educativo se pensarmos no desenvolvimento de competências e habilidades que sejam aplicadas de maneira contextualizada e interdisciplinar. Partindo deste princípio, mais de 300 unidades educacionais da Rede participam do Projeto Horta Escolar, iniciativa que, há mais de dez anos, desenvolve ações voltadas para o plantio de hortaliças através de oficinas ministradas para alunos e professores. As atividades envolvem preparação dos canteiros, plantio, cultivo e colheita das hortaliças nas unidades participantes.
Através de metodologias diversificadas, os momentos lúdicos proporcionados pelas oficinas aliam teoria e prática em prol do processo de ensino e aprendizagem. Mas, os benefícios não param por aí! Os alimentos colhidos nos canteiros são incluídos nas refeições, estimulando a alimentação saudável nas escolas e Cmeis. As ações do projeto extrapolam, ainda, os muros das unidades escolares, funcionando como um trabalho social ao distribuir mudas, expor hortas, orientar acerca do plantio e manejamento de hortaliças, bem como discutir a temática da preservação ambiental.
Um exemplo prático do envolvimento da comunidade escolar nas práticas educacionais acontece na Escola Municipal Dom Fernando. Com uma área aproximada a 9 mil m², a unidade comporta horta e pomar cuidados por alunos, professores e servidores dentro do Projeto Sustentabilidade, iniciado em 2017. Os pilares da iniciativa são a reciclagem, paisagismo, horta e combate ao mosquito Aedes Aegypti. A diretora, Juliana Teles, explica que o trabalho de conscientização é desenvolvido a partir de atividades que envolvem paisagismo, estética e espaços hortaliço-herbáreos.
A diretora conta que, "com o apoio do material fornecido pelo projeto Horta Escolar, professores e alunos plantam legumes e hortaliças que são usados na alimentação das crianças". Isso sem falar nas frutas colhidas direto dos pomares da escola, como mamão, limão, acerola, entre outras variedades. A produção é tanta que os estudantes acabam levando parte dela para casa, disseminando os hábitos da boa alimentação entre os familiares. A participação deles é tão efetiva que a unidade chegou a fazer uma festa na qual a comunidade participou do plantio de mudas de árvores frutíferas.
Outro exemplo de preocupação com o que é servido aos alunos está na E.M. Olegário Moreira Borges. Esta é uma das unidades da rede que participa do projeto Horta Escolar com a finalidade de intervir na cultura alimentar e nutricional dos alunos. Os gestores têm o entendimento de que é possível promover a educação por meio da horta escolar, incorporando uma dieta nutritiva, saudável e sustentável, sob o ponto de vista ambiental.
Práticas de gestão
A gestão escolar não é tarefa fácil e a SME se empenha em criar ferramentas que facilitem o cotidiano de diretores, coordenadores e servidores das unidades. Uma das iniciativas é o Sistema de Estoque Online, que visa aperfeiçoar a prática em relação ao Programa de Alimentação Escolar nas instituições. Nele, podem ser inseridas informações referentes à entrada e saída de produtos, cadastro de fornecedores, além dos gastos efetuados com os itens descritos nos cardápios orientados e elaborados pela equipe de nutricionistas.
Tudo que é inserido no sistema é acompanhado pelos apoios técnicos de diretoria responsável na SME. A partir daí, pode-se observar que o Sistema de Estoque Online configura um instrumento essencial de trabalho que permite supervisionar a distribuição da merenda escolar, verificando o uso dos gastos destinados a esta. Após treinamentos efetuados em grupos, todas as escolas e Cmeis da capital conseguiram aplicar o uso do sistema. O controle do estoque passa, diretamente, pela questão da verba destinada à aquisição da merenda escolar.
Em 2018, foi promulgada a Lei Municipal n.10.164/2018 que institui o Programa Municipal Dinheiro Direto na Escola (PRÓ-MERENDA). O objetivo é descentralizar os recursos financeiros para compra de itens alimentícios nas escolas, creches, entidades filantrópicas ou por elas mantidas por meio do repasse direto. O processo visa permitir que as unidades de ensino gerenciem a compra dos gêneros alimentícios e a preparação da merenda escolar. A prática obedece o artigo 6º, parágrafo único da Lei Federal nº 11.947, de 16 de junho de 2009 e na regulamentação emitida pelo Fnde.
Inclusive, sua aplicabilidade é efetiva em mais de 70% dos municípios brasileiros, favorecendo o desenvolvimento da comunidade escolar e, consequentemente, o comércio local. Além das práticas de gestão, a Secretaria se preocupa com a segurança dos manipuladores de alimentos. Somado aos cursos de boas práticas na manipulação, existe um trabalho desenvolvido acerca da segurança laboral destes profissionais, bem como a compra personalizada dos equipamentos de proteção individual (EPI).
A preocupação explícita com o que é servido como merenda para crianças em idade escolar é unânime entre os gestores e reflete o total comprometimento da atual gestão municipal com o ensino de qualidade em todos os seus aspectos. Isso demonstra que estamos no caminho certo rumo à Educação que Goiânia merece!
Texto: Luciana Gomides
Fotos: Fernanda Gomes
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